Na reta final das eleições, partido tenta impedir divulgação de resultado de pesquisa eleitoral e tem pedido negado pelo juiz
O instituto MAS, além de especialista em pesquisa de mercado de opinião, sobretudo de levantamentos eleitorais, ganha destaque pela forma como fotografa determinada região do país. Com décadas de atuação na região metropolitana de São Paulo, o Instituto se diferencia por conhecer, de fato, o real cenário político dos municípios.
Um bom exemplo disso é a cidade de Cotia, a qual monitora e desenvolve uma atuação brilhante desde 1992. Ou seja, são mais de três décadas, acompanhando o desenrolar, a ascensão, queda e o surgimento de novas lideranças locais.
Se fizermos uma curta viagem no tempo, vamos perceber que o cenário político de 2024 para o município vem sofrendo uma ruptura que já era apontada desde 2020, quando o atual grupo dominante, às vésperas das eleições, sofria uma queda abrupta das intenções de voto ao ser noticiado em rede nacional que o atual prefeito, na época reeleito, estaria com problemas na Justiça Eleitoral.
Com isso, ele teria seu registro cassado, uma vantagem de quase 30 pontos de diferença que transformou-se em 5 pontos de vantagem apenas nas urnas.
De acordo com a última pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto MAS entre os dias 2 e 3 de outubro (SP – 05836/2024), o atual candidato à prefeito de Cotia, Wellington Formiga (que em 2020 quase vence as eleições), é um dos favoritos para o pleito de 2024.
Com isso, o PSOL/REDE, mesmo sem saber o resultado da pesquisa preferiu não correr o risco, pedindo o cancelamento da mesma à Justiça Eleitoral, certos de que o resultado da pesquisa do Instituto MAS refletiria na vitória da oposição e derrota do atual grupo político da cidade.
Caso não isolado, a mesma tentativa de impugnação de pesquisa aconteceu em Itapevi à pedido do partido Democracia Cristã. Ambos negados pela Justiça Eleitoral.
“As pesquisas do Instituto MAS vêm seguidamente sofrendo a tentativa de impedimento. Em todas elas, as decisões finais apontam total lisura, isenção e cumprimento absoluto de todas as exigências, independente de qual corrente política ou partido político solicita a verificação. Agora, o que leva uma candidatura de um partido que tem 1% das intenções de voto, tentar impedir a divulgação dos resultados pesquisas? Será que esse partido, mesmo sendo de ‘esquerda’, trabalha como linha auxiliar do grupo político dominante de corrente de política de ‘direita’, que sente o bafejo, o bafo quente, o fungar de novos ventos de mudança?” Comenta Marcos Agostinho, pesquisador e cientista político do Instituto MAS Pesquisa.
Porém, mais uma vez, os resultados aferidos pelo Instituto MAS serão refletidos e retratados nas urnas.