Censo do IBGE perde 90% da verba e pode morrer na praia

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O Censo 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) levou um novo golpe nesta segunda-feira (22). Não é possível que este trabalho possa se tornar inviável por conta da perda de verba pública para a sua realização. Ontem foi retirado do censo demográfico R$ 1,76 bilhão. Importante dizer que essa é uma proposta da Presidência da República, que aliás, enviou texto (PLN 28/2020), que sugeriu corte de R$ 2 bilhões. Eu abordei o assunto em artigo recente, tudo levava para este episódio.

Neste texto vou me ater ao fato de que, de fato, o censo perdeu seus recursos. A Lei Federal 8.184, de 1991, determina que o censo demográfico do IBGE, que é o levantamento mais importante sobre a realidade da população brasileira em vários aspectos, deve ser realizado a cada dez anos. A contagem da população estava prevista para o ano passado, mas acabou adiada, como deve acontecer agora, devido à pandemia do novo coronavírus. O grande problema é que o Censo do IBGE se já estivesse pronto teria ajudado o governo federal, estados e municípios na distribuição correta de vacinas e outros insumos como de intubação, por exemplo.

Em nota, a direção do IBGE disse esperar que a decisão do relator-geral seja revista. “O país precisa das informações geradas pelo Censo Demográfico”, afirma o documento. Segundo o IBGE, em nota, se confirmado, o corte de verba inviabilizará a realização do Censo este ano. A pesquisa estava prevista originalmente para 2020, mas foi adiada devido à pandemia.